Com níveis de adesão acima de 90 por cento, a greve de 12 dias, que terminou a 1 de Junho, mostrou a união «na defesa dos direitos e dos interesses dos guardas prisionais e na conclusão do trabalho que começámos, há mais de um ano, no Ministério da Justiça e que, agora, a secretaria de Estado da Administração Pública quer obrigar-nos a recomeçar de novo», disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.
Jorge Alves garantiu que os serviços mínimos foram cumpridos e informou que o sindicato reafirmou ao Governo o seu interesse em terminar a negociação do estatuto, condição para suspender um novo período de greve, de dez dias, a partir de hoje. A adesão praticamente total tinha marcado as greves realizadas em Abril.
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No dia 5, no Funchal, Paulo Rodrigues admitiu que venham a ser antecipadas as acções da semana de luta, decidida para Setembro no encontro nacional que a Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança realizou, a 29 de Maio, em Lisboa. Essa série conjugada de acções, explicou o dirigente da CCP e da Associação Sindical dos Profissionais da PSP, visa mostrar como as medidas de «austeridade» do Governo, se forem aplicadas, criarão «uma polícia quase parada, sem dinâmica, sem motivação, sem proactividade e envelhecida».